“Luz da luz, infinito sol! Luz da luz, fogo abrasador! Luz da luz, Cristo Jesus, abrasai-nos no vosso amor!”
ORAÇÃO DO DIA
Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (Oração das Horas)
Leituras da liturgia eucarística: At 1,1-11; Sl 46; Ef 1-17-23; Mc 16,15-20
Primeira Leitura (At 1,1-11)
Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos:
1No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, 2até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. 3Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus.
4Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”.
6Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?”
7Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com sua própria autoridade. 8Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”.
9Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo.
10Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, 11que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
Responsório (Sl 46)
— Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.
— Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.
— Povos todos do universo, batei palmas,/ gritai a Deus aclamações de alegria!/ Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo,/ o soberano que domina toda a terra.
— Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta./ Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa,/ salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!
— Porque Deus é o grande Rei de toda a terra,/ ao som da harpa acompanhai os seus louvores!/ Deus reina sobre todas as nações,/ está sentado no seu trono glorioso.
Segunda Leitura (Ef 1,17-23)
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos: 17O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. 18Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, 19e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente.
20Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, 21bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania, ou qualquer título que se possa mencionar, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. 22Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, 23que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.
Evangelho (Mc 16,15-20)
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.
20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
REFLEXÃO
“Queridos irmãos e irmãs
Cada vez que celebramos a Santa Missa, ouvimos ressoar no coração as palavras que Jesus confiou aos discípulos na última Ceia, como uma dádiva preciosa: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” (Jo 14, 27). Como a comunidade cristã e a humanidade inteira têm necessidade de saborear plenamente a riqueza e o poder da paz de Cristo! São Bento foi dela uma grande testemunha, porque a acolheu na sua existência e a fez frutificar em obras de autêntica renovação cultural e espiritual. Precisamente por isso, na entrada da Abadia de Montecassino e de todos os outros mosteiros beneditinos, é posta como mote a palavra “pax”: com efeito, a comunidade monástica é chamada a viver em conformidade com esta paz, que é dom pascal por excelência. Como sabeis, na minharecente viagem à Terra Santa fiz-me peregrino de paz e hoje nesta terra caracterizada pelo carisma beneditino é-me oferecida a ocasião para sublinhar mais uma vez o facto de que a paz é em primeiro lugar dom de Deus e, por conseguinte, a sua força está na oração.
Porém, trata-se de um dom confiado ao compromisso humano. Também a energia necessária para o pôr em prática pode ser alcançada através da oração. Portanto, é fundamental cultivar uma autêntica vida de oração para assegurar o progresso social na paz. Uma vez mais, a história do monaquismo ensina-nos que um grande crescimento de civilização se prepara mediante a escuta quotidiana da Palavra de Deus, que impele os fiéis a um esforço pessoal e comunitário de luta contra todas as formas de egoísmo e de injustiça. Somente aprendendo, com a graça de Cristo, a combater e a vencer o mal dentro de nós e nos relacionamentos com o próximo, podemos tornar-nos construtores de paz e de progresso civil. A Virgem Maria, Rainha da Paz, ajude todos os cristãos nas diversas vocações e situações de vida, a ser testemunhas da paz, que Cristo nos concedeu e nos legou como missão exigente a cumprir em toda a parte.” (Papa Bento XVI, Angelus, 24 de Maio de 2009)