7 º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A

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Ó Pai, glorificai vosso Filho!

 

ORAÇÃO DO DIA

Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! (Oração das Horas)

 

Leituras da Liturgia Eucarística: Lv 19,1-2.17-18; Sl 102; 1Cor 3,16-23; Mt 5,38-48

 

EVANGELHO – Mt 5,38-48

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Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!
Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!
Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!
Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.
Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’
Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”

 

REFLEXÃO
“Queridos irmãos e irmãs!

Neste sétimo domingo do Tempo Comum, as leituras bíblicas falam-nos da vontade de Deus de tornar os homens partícipes da sua vida: «sede santos, porque Eu sou santo. Eu, o Senhor vosso Deus» — lê-se no livro do Levítico (19, 2). Com estas palavras, e com os preceitos a que elas dão origem, o Senhor convidava o povo que tinha escolhido a ser fiel à aliança com Ele, caminhando pelas suas veredas e fundava a legislação social sobre o mandamento «amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Lv 19, 18). Depois, se ouvirmos Jesus, no qual Deus assumiu um corpo mortal para se fazer próximo de cada homem e revelar o seu amor infinito por nós, encontramos aquela mesma chamada, aquele mesmo objetivo audacioso. De facto, o Senhor diz: «Sede, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste» (Mt 5, 48). Mas quem poderia tornar-se perfeito? A nossa perfeição é viver como filhos de Deus, cumprindo concretamente a sua vontade. São Cipriano escrevia que «à paternidade de Deus deve corresponder um comportamento de filhos de Deus, para que Deus seja glorificado e louvado pela boa conduta do homem» (De zelo et livore, 15: CCL 3a, 83).

De que modo podemos imitar Jesus? Ele diz: «Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está nos Céus» (Mt 5, 44-45). Quem acolhe o Senhor na própria vida e o ama com todo o coração é capaz de um novo início. Consegue cumprir a vontade de Deus: realizar uma nova forma de existência animada pelo amor e destinada à eternidade. O apóstolo Paulo acrescenta: «Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?» (1 Cor 3, 16). Se estivermos deveras conscientes desta realidade, e a nossa vida for por ela profundamente plasmada, então o nosso testemunho torna-se claro, eloquente e eficaz. Um autor medieval escreveu: «Quando, por assim dizer, todo o ser do homem se misturou com o amor de Deus, então o esplendor da sua alma reflete-se também no aspecto exterior» (João Clímaco, Scala Paradisi, XXX: pg 88, 1157 b), na totalidade da vida. «É grandioso o amor — lemos no livro da Imitação de Cristo — um bem que torna leve tudo o que é pesado e suporta tranquilamente tudo o que é difícil. O amor aspira a elevar-se, sem ser aprisionado seja pelo que for na terra. Nasce de Deus e só em Deus pode encontrar repouso» (III, v, 3).

Queridos amigos, depois de amanhã, …, celebraremos a festa da Cátedra de São Pedro. A ele, primeiro Apóstolo, Cristo confiou a tarefa de Mestre e Pastor para a guia espiritual do Povo de Deus, para que ele possa elevar-se ao Céu. Por conseguinte, exorto todos os Pastores a «assimilar aquele “novo estilo de vida” que foi inaugurado pelo Senhor Jesus e feito próprio pelos Apóstolos» (Carta de Proclamação do Ano Sacerdotal).

Invoquemos a Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, para que nos ensine a amar-nos uns aos outros e a acolher-nos como irmãos, filhos do Pai celeste. (Papa Bento XVI, Angelus, 20 de fevereiro de 2011)

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