ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

“Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.” Ap 12,1

 

ORAÇÃO DO DIA

Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a Imaculada Virgem Maria, mãe do vosso Rilho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Leituras da liturgia eucarística: Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab; Sl 44; 1Cor 15,20-27ª; Lc 1,39-56

 

EVANGELHO: Lc 1,39-56

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

 

REFLEXÃO

Maria foi elevada ao céu (citada na Aclamação ao Evangelho) / Alegremo-nos todos no Senhor (na Antífona da Entrada).

(…)

Verdadeiramente podemos repetir hoje, seguindo o Apocalipse: O Templo de Deus abriu-se no Céu, e a Sua Arca da aliança foi vista no Templo… Depois ouvi no Céu uma voz potente: ‘Eis agora a salvação, o poder e o reinado do nosso Deus, e a autoridade do Seu Cristo’ (Ap. 11, 19; 12, 10).

A Assunção de Maria é dom particular do Ressuscitado à Sua Mãe. Se, de fato, aqueles que são de Cristo receberão a vida à Sua vinda, então é justo e compreensível que esta participação na vitória sobre a morte, a experimente precisamente Ela em primeiro lugar, Ela a Mãe; Ela que é de Cristo da maneira mais plena: com efeito também Ele pertence a Ela como o Filho à Mãe. E Ela pertence-Lhe a Ele: é, de modo particular, de Cristo, porque foi amada e remida de modo completamente singular. Aquela que, na sua mesma conceição humana, foi imaculada — isto é, livre do pecado, cuja consequência é a morte — pelo mesmo facto, não devia acaso ser livre da morte, que é a consequência do pecado? Aquela vinda de Cristo, de que fala o Apóstolo na segunda leitura de hoje, não «devia» acaso realizar-se, neste único caso de modo excepcional, por assim dizer de repente, isto é no momento da conclusão da vida terrestre? Por isso, aquele termo da vida que para todos os homens é a morte, no caso de Maria, a Tradição justamente lhe chama antes dormição.

Assumpta est Maria in coelum, gaudent Angeli! Et gaudet Ecclesia!

Para nós a solenidade de hoje é quase uma continuação da Páscoa: da Ressurreição e da Ascensão do Senhor. E é, ao mesmo tempo, o sinal e a fonte da esperança da vida eterna e da ressurreição futura. Deste sinal lemos no Apocalipse de João: Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma Mulher revestida com o Sol, a Lua debaixo dos Pés; na cabeça, uma coroa de doze estrelas (Ap 12, 1).

E embora a nossa vida sobre a terra decorra, constantemente, na tensão daquela luta entre o Dragão e a Mulher, de que fala o mesmo livro da Sagrada Escritura; embora nós estejamos quotidianamente submetidos à luta entre o bem e o mal, na qual o homem participa desde o pecado original — quer dizer, desde o tempo em que comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, como lemos no livro do Gênesis (2, 17; 3, 12); embora esta luta assuma por vezes formas perigosas e tremendas, todavia aquele Sinal da esperança permanece e renova-se constantemente na fé da Igreja.

E a festividade de hoje permite-nos olhar para este Sinal, o Grande Sinal da Economia Divina da Salvação, com confiança e alegria tanto maior.

Permite-nos esperar, deste Sinal, vencer, não sucumbir definitivamente ao mal e ao pecado — na expectativa do dia em que será tudo completado por Aquele que alcançou a vitória sobre a morte: o Filho de Maria; então Ele deporá nas mãos de Deus Pai o Seu poder real, depois de aniquilar todos os chefes, autoridades e dominadores inimigos (1 Cor. 15, 24) e porá todos os inimigos debaixo de Seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado será a morte (cf. 1 Cor. 15, 25).

(…)

Veneremos hoje Aquela que deu a Cristo o nosso corpo humano: a Imaculada e a Assunta, que é a Esposa do Espírito Santo e a nossa Mãe. (Trecho da Homília proferida na Festa da Assunção de Nossa Senhora pelo Papa João Paulo II, em 15 de Agosto de 1980.)

 

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s