4º DOMINGO DO ADVENTO – ANO B

 

“Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo; abrase a terra, e brote o Salvador! Is 45,8

 

ORAÇÃO DO DIA

Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo, pela mensagem do anjo, a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (Oração das Horas)

 

Leituras da Liturgia Eucarística: 2Sm 7,1-5.8-12.14.16; Sl 88; Rm 16,25-27; Lc 1,26-38

 

EVANGELHO: Lc 1,26-38

 

REFLEXÃO

“Amados irmãos e irmãs!

Neste quarto e último domingo de Advento, a liturgia apresenta-nos este ano a narração do anúncio do Anjo a Maria. Contemplando o ícone maravilhoso da Virgem Santa, no momento em que recebe a mensagem divina e dá a sua resposta, somos interiormente iluminados pela luz de verdade que promana, sempre nova, daquele mistério. Em particular, gostaria de meditar brevemente sobre a importância da virgindade de Maria, isto é, do facto que concebeu Jesus permanecendo virgem.

No contexto do acontecimento de Nazaré há a profecia de Isaías: «Olhai: a jovem está grávida e dará um filho, pôr-lhe-á o nome de Emanuel» (Is 7, 14). Esta antiga promessa encontrou cumprimento superabundante na Encarnação do Filho de Deus. Com efeito, não só a Virgem Maria concebeu, mas fê-lo por obra do Espírito Santo, ou seja, do próprio Deus. O ser humano que começa a viver no seu seio assume a carne de Maria, mas a sua existência deriva totalmente de Deus. É plenamente homem, feito de barro — usando um símbolo bíblico — mas vem do alto, do Céu. O facto que Maria conceba permanecendo virgem é portanto essencial para o conhecimento de Jesus e para a nossa fé, porque testemunha que a iniciativa foi de Deus e sobretudo revela quem é o concebido. Como diz o Evangelho: «Por isso mesmo é que o Santo que vai nascer há-de chamar-se Filho e Deus» (Lc 1, 35). Neste sentido, a virgindade de Maria e a divindade de Jesus garantem-se reciprocamente.

Eis por que é tão importante aquela única pergunta que Maria, «muito perturbada», dirige ao Anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem» (Lc 1, 34). Na sua simplicidade, Maria é muito sábia: não duvida do poder de Deus, mas quer compreender melhor a sua vontade, para se conformar de modo completo com ela. Maria é infinitamente superada pelo Mistério, mas ocupa perfeitamente o lugar que, no centro dele, lhe foi atribuído. O seu coração e a sua mente são totalmente humildes e, precisamente pela sua humildade singular, Deus espera o «sim» desta jovem para realizar o seu desígnio. Respeita a sua dignidade e a sua liberdade. O «sim» de Maria implica o conjunto de maternidade e virgindade, e deseja que tudo nela seja para glória de Deus, e o Filho que vai nascer dela possa ser todo dom de graça.

Queridos amigos, a virgindade de Maria é única e irrepetível; mas o seu significado espiritual diz respeito a cada cristão. Ele, em síntese, está relacionado com a fé: de facto, quem confia profundamente no amor de Deus, acolhe em si Jesus, a sua vida divina, pela ação do Espírito Santo. É este o mistério do Natal! Desejo que todos vós o vivais com profunda alegria.” (Papa Bento XVI, Angelus, 18 de dezembro de 2011)

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