3º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

 

“Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo.” Sl 95,1.6

 

ORAÇÃO DO DIA

Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (Oração das Horas)

 

Liturgia Eucarística: Jn 3,1-5.10; Sl 24; 1Cor 7,29-31; Mc 1,14-20

 

EVANGELHO: Mc 1,14-20

Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”

E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”.

E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus.

Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.

 

REFLEXÃO

“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje apresenta-nos o início da pregação de Jesus na Galileia. São Marcos frisa que Jesus começou a pregar «depois que João [o Baptista] foi preso» (1, 14). Precisamente no momento em que a voz profética do Baptizador, que anunciava a vinda do Reino de Deus, é abafada por Herodes, Jesus começa a percorrer os caminhos da sua terra para levar a todos, sobretudo aos pobres, «o Evangelho de Deus» (ibid.). O anúncio de Jesus é semelhante ao de João, mas distingue-se pelo facto de que Jesus já não indica para o alto quem deve vir: Jesus é Ele mesmo o cumprimento das promessas; é Ele mesmo a «boa nova» a acreditar, acolher e comunicar aos homens e mulheres de todos os tempos, para que também eles Lhe confiem a sua existência. Jesus Cristo em pessoa é a Palavra viva e activa na história: quem o ouve e segue entra no Reino de Deus.

Jesus é o cumprimento das promessas divinas porque é Aquele que doa ao homem o Espírito Santo, a «água viva» que mata a sede do nosso coração inquieto, sedento de vida, de amor, de liberdade, de paz: sedento de Deus. Quantas vezes sentimos o nosso coração sequioso! Foi Ele mesmo quem o revelou à mulher samaritana, que encontrou no poço de Jacó, à qual disse: «Dá-me de beber» (Jo 4, 7). Precisamente estas palavras de Cristo, dirigidas à samaritana, constituíram o tema da Semana anual de oração pela unidade dos Cristãos que hoje se conclui. Esta tarde, com os fiéis da diocese de Roma e com os representantes das diversas Igrejas e comunidades, reunir-nos-emos na Basílica de São Paulo extramuros para rezar intensamente ao Senhor, para que fortaleça o nosso compromisso pela unidade plena de todos. É muito desagradável que os cristãos estejam divididos! Jesus quer-nos unidos: um só corpo. Os nossos pecados, a história, dividiram-nos e por isso devemos rezar muito a fim de que o próprio Espírito Santo nos una de novo.

Deus, tornando-se homem, fez sua a nossa sede, não só da água material, mas sobretudo a sede de uma vida plena, de uma vida livre da escravidão do mal e da morte. Ao mesmo tempo, com a sua encarnação Deus colocou asuasede — porque também Deus tem sede — no coração de um homem: Jesus de Nazaré. Deus tem sede de nós, dos nossos corações, do nosso amor, e colocou esta sede no coração de Jesus. Por conseguinte, no coração de Cristo encontram-se a sede humana e a sede divina. E o desejo da unidade dos seus discípulos pertence a esta sede. Encontramos isto expresso na oração elevada ao Pai antes da Paixão. «Para que todos sejam um» (Jo 17, 21). O que Jesus queria: a unidade de todos! O diabo — sabemo-lo — é o pai das divisões, é um que divide sempre, que faz sempre guerras, faz muito mal.

Que esta sede de Jesus se torne cada vez mais também a nossa sede! Continuemos, portanto, a rezar e a comprometer-nos pela plena unidade dos discípulos de Cristo, na certeza de que Ele mesmo está ao nosso lado e nos ampara com a força do seu Espírito para que esta meta se aproxime. E confiamos esta nossa oração à materna intercessão de Maria Virgem, Mãe de Cristo, e Mãe da Igreja, para que Ela nos una a todos como uma boa mãe.” (Papa Francisco, Angelus, 25 jan 2015)

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