TODOS OS SANTOS – SOLENIDADE

Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de Todos os Santos. Conosco alegram-se os anjos e glorificam o Filho de Deus. (Ant. Entr.)

 

ORAÇÃO DO DIA

Deus eterno e todo-poderoso, que nos dais celebrar numa só festa os méritos de todos os santos, concedei-nos, por intercessores tão numerosos, a plenitude da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (Oração das Horas)

Leituras da liturgia eucarística: Ap 7,2-4.9-14; Sl 23; 1 Jo 3,1-3; Mt 5,1-12

 

EVANGELHO: Mt 5,1-12

 

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

 

REFLEXÃO

Amados irmãos e irmãs, bom dia!

À distância de poucos dias da solenidade de Todos os Santos e da Comemoração dos fiéis defuntos, a Liturgia deste domingo convida-nos ainda a refletir sobre o mistério da ressurreição dos mortos. O Evangelho de Lucas (cf. 20, 27-38) apresenta-nos Jesus que se confronta com alguns saduceus, os quais não acreditavam na ressurreição e concebiam a relação com Deus só na dimensão da vida terrena. E por conseguinte, para ridicularizar a ressurreição e pôr Jesus em dificuldade, submeteram-lhe um caso paradoxal e absurdo: uma mulher que tivera sete maridos, todos irmãos, os quais morreram um depois do outro. Eis então a pergunta maliciosa dirigida a Jesus: aquela mulher, na ressurreição, de quem será esposa? (v. 33)?

Jesus não cai na cilada e reafirma a verdade da ressurreição, explicando que a existência depois da morte será diversa da terrena. Ele faz compreender aos seus interlocutores que não é possível aplicar as categorias deste mundo às realidades que vão além e são maiores daquilo que vemos nesta vida. Com efeito diz: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento, mas as pessoas que merecem alcançar a ressurreição e a vida futura nem hão de casar, nem ser dados em casamento» (v. 34-35). Com estas palavras, Jesus pretende explicar que neste mundo vivemos de realidades provisórias, que acabam; ao contrário no além, depois da ressurreição, já não teremos a morte como horizonte e viveremos tudo, também os vínculos humanos, na dimensão de Deus, de modo transfigurado. Inclusive o matrimónio, sinal e instrumento do amor de Deus neste mundo, resplandecerá transformado em plena luz na comunhão gloriosa dos santos no Paraíso.

Os «filhos do céu e da ressurreição» não são poucos privilegiados, mas são todos os homens e todas as mulheres, porque a salvação que Jesus trouxe é para cada um de nós. E a vida dos ressuscitados será semelhante à dos anjos (cf. v. 36), ou seja, toda imersa na luz de Deus, toda dedicada ao seu louvor, numa eternidade cheia de júbilo e de paz. Mas atenção! A ressurreição não é só o facto de ressuscitar depois da morte, mas é um novo género de vida que já experimentamos no hoje; é a vitória sobre o nada que já podemos antegozar. A ressurreição é o fundamento da fé e da esperança cristã! Se não houvesse a referência ao Paraíso e à vida eterna, o cristianismo reduzir-se-ia a uma ética, a uma filosofia de vida. Ao contrário, a mensagem da fé cristã vem do céu, é revelada por Deus e vai além deste mundo. Acreditar na ressurreição é essencial, para que cada um dos nossos atos de amor cristão não seja efémero nem um fim em si mesmo, mas se torne uma semente destinada a desabrochar no jardim de Deus, e produzir frutos de vida eterna.

A Virgem Maria, rainha do céu e da terra, nos confirme na esperança da ressurreição e nos ajude a fazer frutificar em obras boas a palavra do seu Filho semeada nos nossos corações. (Papa Francisco, Ângelus, 06 de novembro de 2016)

 

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