08 DE DEZEMBRO – IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

“Ave cheia de graça, o Senhor é contigo!” (Lc 1, 28.42)

“Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!” (Sl 97)

“Bendito seja Deus… que nos abençoou com todas bênçãos espirituais no céu, em Cristo, depois de nos ter escolhido nele antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele na caridade… para louvor de sua glória.” (Ef 1, 3-6)

ORAÇÃO DO DIA

Ó Deus, que pela anunciação do anjo dispusestes que o vosso Verbo se encarnasse no seio da Virgem Maria, concedei-nos o auxílio da sua intercessão, pois cremos que és a Mãe de Deus. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.  (Oração das Horas)

 

EVANGELHO: (Lc 1,26-38)

 

“Quando Isabel estava no sexto mês, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo’. Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: ‘Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim’. Maria, então, perguntou ao anjo: ‘Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?’ O anjo respondeu: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível’. Maria então disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra’. E o anjo retirou-se de junto dela.”

 

REFLEXÃO

“Este segundo domingo do Advento celebra-se no dia da festa da Imaculada Conceição de Maria, e então o nosso olhar é atraído pela beleza da Mãe de Jesus, nossa Mãe! Com grande alegria, a Igreja contempla-a «cheia de graça» (Lc 1, 28) e, começando com estas palavras, saudemo-la todos juntos: «Cheia de graça!». Digamos três vezes: «Cheia de graça!». Todos juntos: Cheia de graça! Cheia de graça! Cheia de graça! E assim Deus contemplou-a desde o primeiro instante do seu desígnio de amor. Viu-a bela, precisamente cheia de graça! A nossa Mãe é linda! Maria sustém-nos no nosso caminho rumo ao Natal, porque nos ensina a viver este tempo do Advento à espera do Senhor. Porque este tempo do Advento é uma expectativa do Senhor, que visitará todos nós na festividade, mas também cada um de nós, no nosso coração. O Senhor vem! Esperemo-lo!

O Evangelho de são Lucas apresenta-nos Maria, uma jovem de Nazaré, pequena localidade da Galileia, nos arrabaldes do império romano e também na periferia de Israel. Um pequeno povoado. E no entanto, sobre ela, uma jovem daquela aldeia pequena e longínqua, sobre ela pousou-se o olhar do Senhor, que a escolheu para ser a Mãe do seu Filho. Em vista desta maternidade, Maria foi preservada do pecado original, ou seja, daquela ruptura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação que fere cada ser humano em profundidade. Mas esta ruptura foi curada antecipadamente na Mãe daquele que veio para nos libertar da escravidão do pecado. A Imaculada está inscrita no desígnio de Deus; é fruto do amor de Deus que salva o mundo.

E Nossa Senhora nunca se afastou daquele amor: a sua vida inteira, todo o seu ser constitui um «sim» àquele amor, é um «sim» a Deus. Mas certamente isto não foi fácil para Ela! Quando o Anjo lhe chama «cheia de graça» (Lc 1, 28), Ela permanece «muito perturbada», porque na sua humildade se sente como nada diante de Deus. O Anjo consola-a: «Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus» (vv. 30-31). Este anúncio inquieta-a ainda mais, também porque ainda não estava casada com José; mas o Anjo acrescenta: «O Espírito Santo descerá sobre ti… Por isso, Aquele que nascer de ti será santo, chamar-se-á Filho de Deus» (v. 35). Maria ouve, obedece interiormente e responde: «Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra» (v. 38).

O mistério desta jovem de Nazaré, que se encontra no Coração de Deus, não nos é alheio. Não significa que Ela está lá e nós aqui. Não, estamos unidos. Com efeito, Deus pousa o seu olhar de amor sobre cada homem e mulher! Com um nome e um sobrenome. O seu olhar de amor está sobre cada um de nós. O Apóstolo Paulo afirma que Deus «nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis» (Ef 1, 4). Também nós, desde sempre, fomos escolhidos por Deus para levar uma vida santa, livre do pecado. É um desígnio de amor que Deus renova cada vez que nós O frequentamos, especialmente nos Sacramentos.

Então na festa hodierna, contemplando a nossa bela Mãe Imaculada, reconhecemos inclusive o nosso destino mais autêntico, a nossa vocação mais profunda: sermos amados, sermos transformados pelo amor, sermos transformados pela beleza de Deus. Contemplemos a nossa Mãe, deixando que Ela olhe para nós, porque se trata da nossa Mãe, que nos ama muito; deixemo-nos velar por Ela para aprendermos a ser mais humildes, mas também mais intrépidos na sequela da Palavra de Deus; para recebermos o abraço terno do seu Filho Jesus, um abraço que nos confere vida, esperança e paz.” (PAPA FRANCISCO, Angelus, 8 de Dezembro de 2013)

 

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