O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos! (Sl 27,8s)
ORAÇÃO DO DIA
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (LD, ano XXIV, nº 282)
Leituras da liturgia eucarística: Jó 38,1.8-11; Sl 106; 2Cor 5,14-17; Mc 4,35-41
Primeira Leitura (Jó 38,1.8-11)
Leitura do Livro de Jó:
1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse:
8“Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas?’”
Responsório (Sl 106)
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,/ porque eterna é a sua misericórdia!
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,/ porque eterna é a sua misericórdia!
— Os que sulcam o alto-mar com seus navios,/ para ir comerciar nas grandes águas,/ testemunharam os prodígios do Senhor/ e as suas maravilhas no alto-mar.
— Ele ordenou, e levantou-se o furacão,/ arremessando grandes ondas para o alto;/ aos céus subiam e desciam aos abismos,/ seus corações desfaleciam de pavor.
— Mas gritaram ao Senhor na aflição,/ e ele os libertou daquela angústia./ Transformou a tempestade em bonança,/ e as ondas do oceano se calaram.
— Alegraram-se ao ver o mar tranquilo,/ e ao porto desejado os conduziu./ Agradeçam ao Senhor por seu amor/ e por suas maravilhas entre os homens!
Segunda Leitura (2Cor 5,14-17)
Leitura da Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 14O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram.
15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim.
17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.
EVANGELHO: Mc 4,35-41
35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!”
36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele.
37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”
39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”
REFLEXÃO
Hoje a Liturgia da Palavra centra-se no tema da onipotência de Deus, de seu domínio sobre o universo. (…)
No Evangelho, o mesmo tema volta em um contexto divino, iluminado pela presença de Cristo, possuidor da onipotência de Deus. É noite: o Mestre está na barca com os discípulos no lago e, cansado das fadigas do dia, adormece. De repente, desaba grande tempestade (…). O pânico transtornara a fé ainda débil dos discípulos: esqueceram os milagres já operados pelo Mestre.
Também hoje, as desgraças, os sofrimentos, os perigos, as borrascas da vida pessoal ou da Igreja transtornam a fé ainda muito fraca de tantos fiéis. (…). Quem crê firmemente não se perderá, mas será “nova criatura” (2Cor 5,17), não mais transtornada pelas tribulações, porque ancorada à fé em quem morreu e ressuscitou por nós. (Sta. Mª Madalena, Gabriel de. Intimidade Divina. Edições Loyola, São Paulo, 1990, p,656)