À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.
Leituras da Liturgia :Sl 44; 1Cor 15,20-27a; Lc 1,39-56
Primeira Leitura (Ap 11,19a;12,1.3-6a.10ab)
19aAbriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. 12,1Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.
3Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. 4Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 6aA mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
10abOuvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.
Responsório (Salmo 44) — À vossa direita se encontra a rainha,/ com veste esplendente de ouro de Ofir. — À vossa direita se encontra a rainha,/ com veste esplendente de ouro de Ofir. — As filhas de reis vêm ao vosso encontro,/ e à vossa direita se encontra a rainha/ com veste esplendente de ouro de Ofir. — Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ “Esquecei vosso povo e a casa paterna!/ Que o Rei se encante com vossa beleza!/ Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! — Entre cantos de festa e com grande alegria,/ ingressam, então, no palácio real”.
Segunda Leitura (1Cor 15,20-27a)
Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda.
24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 27aCom efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”.
EVANGELHO: Lc 1,39-56
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.
REFLEXÃO
“No coração do mês de Agosto os Cristãos do Oriente e do Ocidente celebram conjuntamente a Solenidade da Assunção de Maria Santíssima no Céu. Na Igreja Católica, o dogma da Assunção — como se sabe — foi proclamado durante o Ano Santo de 1950 pelo venerado (…) Servo de Deus Papa Pio XII. Tal memória, porém, mergulha as suas raízes na fé dos primeiros séculos da Igreja. (…)
Na página do Evangelho de São Lucas, da liturgia hodierna, lemos que Maria, ‘naqueles dias, levantou-se e foi às pressas às montanhas, para uma cidade de Judá’ (Lc 1, 39). Naqueles dias Maria apressava-se para ir da Galileia até a uma cidadezinha nos arredores de Jerusalém, para ir encontrar a sua prima Isabel. Hoje, contemplamo-la que sobe rumo à montanha de Deus e entra na Jerusalém celeste, ‘revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas’ (Ap 12, 1). (…)
É um mistério grandioso, aquele que hoje celebramos, é, sobretudo, um mistério de esperança e de alegria para todos nós: em Maria vemos a meta para a qual caminham todos aqueles que sabem vincular a própria vida à vida de Jesus, que O sabem seguir como Maria. Então, esta solenidade fala do nosso futuro, diz-nos que também nós estaremos ao lado de Jesus na alegria de Deus e convida-nos a ter coragem, a acreditar que o poder da Ressurreição de Cristo pode agir também em nós, tornando-nos homens e mulheres que, todos os dias, procuram viver como ressuscitados, levando à obscuridade do mal que existe no mundo, a luz do bem.” (Papa Émerito, Bento XVI, Angelus, 15 ago 2011)
ORAÇÃO
“Ao celebrar a sua Assunção ao Céu em corpo e alma, oramos a Maria para que ajude os homens e as mulheres do nosso tempo a viverem com fé e esperança neste mundo, procurando o Reino de Deus em todas as coisas; oxalá ela ajude os crentes a abrirem-se à presença e à ação do Espírito Santo, Espírito Criador e Renovador, capaz de transformar os corações; ilumine as mentes acerca do destino que nos espera, da dignidade de cada pessoa e da nobreza do corpo humano. Maria, elevada ao Céu, mostra-te a todos como Mãe de esperança! Mostra-te a todos como Rainha da Civilização do amor!” (São João Paulo II)