33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

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“Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes.” (Jr 29,11s)

ORAÇÃO DO DIA

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (Oração das Horas)

Leituras da liturgia eucarística: Ml 3,19-20ª; Sl 97; 2Ts 3,7-12; Lc 21, 5-19

 

EVANGELHO: Lc 21, 5-19

 

Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas.

Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”.

Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”

Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.

E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu.

Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé.

Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós.

Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”

 

REFLEXÃO

”Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste domingo (cf. Lc 21, 5-19) consiste na primeira parte de um discurso de Jesus: sobre os últimos tempos. Jesus pronuncia-o Em Jerusalém, nos arredores do templo; e a oportunidade é-lhe proporcionada pelas pessoas que falavam do templo e da sua beleza, porque aquele templo era bonito! Então, Jesus disse: «Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra» (Lc 21, 6). Naturalmente, perguntam-lhe: quando acontecerá isto? Quais serão os sinais? Mas Jesus desvia a atenção destes aspectos secundários — quando será? como será? — desvia para as questões verdadeiras. E são duas. Primeira: não se deixar enganar pelos falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo. Segunda: viver o tempo da expectativa como tempo do testemunho e da perseverança. E nós vivemos neste tempo da expectativa, da espera da vinda do Senhor.

Este discurso de Jesus é sempre atual, também para nós que vivemos no século XXI. Ele repete-nos: «Prestai atenção para não serdes enganados. Muitos virão em meu nome» (v. 8). Trata-se de um convite ao discernimento, aquela virtude cristã de compreender onde se encontra o espírito do Senhor e onde está o espírito maligno. Com efeito, também hoje existem «salvadores» falsos, que procuram substituir-se a Jesus: líderes deste mundo, santões e até feiticeiros, personagens que desejam atrair a si as mentes e os corações, especialmente dos jovens. Jesus alerta-vos: «Não os sigais! Não os sigais!».

E o Senhor ajuda-nos também a não ter medo: perante as guerras e as revoluções, mas inclusive diante das calamidades naturais e das epidemias, é Jesus quem nos liberta do fatalismo e das falsas visões apocalípticas.

O segundo aspecto interpela-nos precisamente como cristãos e como Igreja: Jesus prenuncia provações dolorosas e perseguições que os seus discípulos deverão padecer por causa d’Ele. No entanto, assegura: «Não se perderá um só cabelo da vossa cabeça» (v. 18). Ele recorda-nos que estamos totalmente nas mãos de Deus! As adversidades que encontramos devido à nossa fé e à nossa adesão ao Evangelho constituem ocasiões de testemunho; elas não devem afastar-nos do Senhor, mas impelir-nos a abandonar-nos ainda mais a Ele, à força do seu Espírito e da sua Graça.

Neste momento penso, todos nós pensemos. Façamo-lo juntos: pensemos nos numerosos irmãos e irmãs cristãos, que sofrem perseguições por causa da sua fé. Existem tantos! Talvez muito mais do que nos primeiros séculos. Jesus está com eles. Também nós estamos unidos a eles mediante a nossa oração e o nosso afeto; nutrimos admiração pela sua intrepidez e pelo seu testemunho. São os nossos irmãos e irmãs, que em numerosas partes do mundo sofrem porque permanecem fiéis a Jesus Cristo. Saudemo-los de coração e com carinho.

No final, Jesus fez uma promessa que é garantia de vitória: «É pela vossa constância que alcançareis a salvação» (v. 19). Quanta esperança há nestas palavras! Elas são um hino à esperança e à paciência, ao saber esperar os frutos seguros da salvação, confiando no sentido profundo da vida e da história: as provações e as dificuldades fazem parte de um desígnio maior; o Senhor, Dono da história, leva tudo ao seu cumprimento. Não obstante as desordens e desventuras que angustiam o mundo, o desígnio de bondade e de misericórdia de Deus há de realizar-se! E esta é a nossa esperança: ir em frente assim, por este caminho, no desígnio de Deus que se realizará. Esta é a nossa esperança!

Esta mensagem de Jesus faz meditar sobre o nosso presente e incute-nos a força para o enfrentar com coragem e esperança, em companhia de Nossa Senhora, que caminha sempre ao nosso lado.” (Papa Francisco, Homilia, 17 de novembro de 2013)

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