A rainha está à vossa direita com suas vestes de ouro, ornada de esplendor (Sl 44,10).
ORAÇÃO DO DIA
Ó Deus, que fizestes a mãe do vosso Filho nossa mãe e rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometida aos vossos filhos e filhas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. (Oração das horas)
Leituras da liturgia eucarística: Is 9,1-6; Sl 112(113); Lc 1,26-38
EVANGELHO: Lc 1,26-38
Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”.
Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
REFLEXÃO
Retoma a festa de hoje, e completa, o tema da solenidade da Assunção. “Assunta à glória celeste em corpo e alma”, foi Maria “pelo Senhor exaltada como Rainha do Universo, a fim de mais plenamente se conformar com seu filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte”(LG 59). (…)
Quem primeiro exaltou as grandezas de Maria foi o Anjo com esta saudação: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco” (Lc 1,28). Com ela está o Senhor a ponto de se tornar seu Filho. Poderá haver maior dignidade do que esta para uma simples criatura? (…)
Maria conhece as próprias grandezas e tão límpida é sua humildade que pode cantar sem se perturbar: “Bem-aventurada me chamarão todas as gerações porque grandes coisas fez em mim o Onipotente” (Lc 1,48-49). Humílima, profetizou sua glória sem tomar para si a mínima parcela. A glória de Maria há de servir unicamente para exaltar a Deus que soube fazer, de um criaturinha, a Mãe de Deus. (…)
A realeza de Maria (…) é benigna e dulcíssima! Dela se vale para trazer aos homens a salvação merecida pelo Filho. Sua materna realeza torna-a poderosa sobre o Coração de Jesus, para obter graças de conversão e de perdão. Poderosa para reconduzir os pecadores, sustentar os fracos, infundir coragem aos desanimados, força aos perseguidos, para atrair os afastados e dispersos.
Invoca-a a Igreja com toda a confiança e convida seus filhos a suplicá-la para que, “exaltada ao céu acima de todos os anjos e bem-aventurados… interceda junto ao Filho a fim de que toda a família dos povos chegue felizmente a se reunir num só Povo de Deus, para a glória da Santíssima e indivisa Trindade” (LG 69). (Sta. Mª Madalena, Gabriel de. Intimidade Divina. Edições Loyola, São Paulo, 1990, p. 1184-1185)