5º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

simon-peter

 Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos os Senhor que nos criou, pois Ele é o nosso Deus (Sl 94,6s).

ORAÇÃO DO DIA

Velai, ó Deus, sobre vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por Nosse Senhor Jesus Cirsro, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leituras da liturgia eucarística: Is 6, 1-8; Sl 137; 1Cor 15,3-8.11; Lc 5, 1-11

 

EVANGELHO: Lc 5, 1-11

 

Naquele tempo, Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

 

REFLEXÃO

«Na liturgia hodierna, o Evangelho segundo Lucas apresenta a narração da chamada dos primeiros discípulos, com uma versão original em relação aos outros dois Sinóticos, Mateus e Marcos (cf. Mt 4, 18-22; Mc 1, 16-20). Com efeito, a chamada é precedida pelo ensinamento de Jesus à multidão e por uma pesca milagrosa, realizada segundo a vontade do Senhor (cf. Lc 5, 1-6). Efetivamente, enquanto a multidão se aglomera à margem do lago de Genesaré para ouvir Jesus, Ele vê Simão desanimado por não ter pescado nada durante a noite inteira. No início, ele pede para poder subir ao seu barco, para pregar à multidão permanecendo a pouca distância da margem; depois, concluída a pregação, ordena-lhe que se faça ao largo com os seus companheiros e que lance as redes (cf. v. 5). Simão obedece, e eles pescam uma quantidade incrível de peixes. Deste modo, o evangelista demonstra que os primeiros discípulos seguiram Jesus, confiando nele, fundamentando-se na sua Palavra, acompanhada inclusive por sinais prodigiosos. Observemos que, antes deste sinal, Simão dirige-se a Jesus, chamando-lhe «Mestre» (v. 5), enquanto depois lhe chama “Senhor” (v. 7). É a pedagogia da chamada de Deus, que não olha tanto para as qualidades dos eleitos, mas para a sua fé, como a de Simão, que diz: “Por causa da tua palavra, lançarei as redes” (v. 5).

A imagem da pesca refere-se à missão da Igreja. A este propósito, santo Agostinho comenta: “Os discípulos puseram-se duas vezes a pescar após terem recebido a ordem do Senhor: uma vez antes da paixão, e a segunda após a ressurreição. Nas duas pescas está representada a Igreja inteira: a Igreja como é agora e como será depois da ressurreição dos mortos. Agora, recebe uma multidão impossível de contar, abrangendo os bons e os maus; após a ressurreição, incluirá somente os bons” (Discurso 248, 1). A experiência de Pedro, certamente singular, é também representativa da chamada de cada apóstolo do Evangelho, que nunca deve desanimar no anúncio de Cristo a todos os homens, até aos confins do mundo. No entanto, o texto hodierno faz meditar sobre a vocação ao sacerdócio e à vida consagrada. Ela é obra de Deus. O homem não é autor da sua própria vocação, mas dá resposta à proposta divina; e a debilidade humana não deve causar medo, se é Deus quem chama. É necessário ter confiança na sua força, que age precisamente na nossa pobreza; é preciso confiar cada vez mais no poder da sua misericórdia, que transforma e renova.

Caros irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus reavive também em nós e nas nossas comunidades cristãs a coragem, a confiança e o impulso no anúncio e testemunho do Evangelho. Os insucessos e as dificuldades não induzam ao desânimo: nós temos o dever de lançar as redes com fé, e o Senhor faz o resto. Confiemos também na intercessão da Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos. À chamada do Senhor Ela, bem consciente da sua pequenez, respondeu com confiança total: “Eis-me!”. Com o seu auxílio maternal, renovemos a nossa disponibilidade a seguir Jesus, Mestre e Senhor. » (Papa Bento XVI, Angelus, 10 de fevereiro de 2013)

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